Retrospectiva: Filmes assistidos em 2018


Loco, né? Que ano louco, que turbilhão de emoções e desgraças. Mas, mais uma vez, estou aqui expondo aquilo que consumi no quesito cinematográfico, televisivo e literário. Falhei com a leitura por questões financeiras, novamente, mas nesse ano espero poder melhorar nesse quesito. E, como sempre, os títulos marcados em vermelho são aqueles que mais recomendo.

Janeiro
1. Z – A cidade perdida – O filme é majestosamente bem dirigido e atuado, uma das melhores aventuras dramáticas que assisti nos últimos anos. É impressionante como a história não contempla apenas um momento, mas uma série de eventos que quebram sua expectativa e surpreendem de maneira positiva - 5/5;
2. Logan Lucky - Roubo em Família Bem montado, dirigido e atuado. O filme é redondinho e divertido - 5/5;
3. Ghost World - Aprendendo a Viver – Gostei bastante do fato da protagonista ser uma babaca que pensa que o resto do mundo é babaca. O charme especial dessa história é a construção de desconforto na narrativa mediante as situações da mediocridade da vida da protagonista - 4/5;
4. Capitão América - Guerra Civil Muito se fala sobre as piadas dos filmes da Marvel, mas Guerra Civil é muito mais intenso do que eu lembrava. O enredo tem uma ação bem pontuada, sabendo os momentos corretos para desenvolver os personagens ou fazer gracinhas durante a ação. A experiência foi mais interessante do que anteriormente - 5/5;
5. A Dama na Água – Até o instante momento é o meu filme favorito do Shyamalan. Gosto da simplicidade não prepotente e, especialmente, da história como um todo. É muito divertido acompanhar os acontecimentos conforme conhecemos um pouco dos personagens - 4/5;
6. A Garota de Rosa Shooking – Adorei os diálogos, em poucos segundos o filme prende sua atenção. O discurso social é interessante e o trabalho com os personagens também, não ficando apenas em clichês. Ao todo o filme é bem interessante - 4/5;
7. Além da Ilusão Filme francês bastante interessante ao qual apreciei muito. No entanto, por mais legal que a história possa ser, o longa não trabalha bem um dos seus três protagonistas, evitando explorar ainda mais seus dons como medium. Não é Personal Shopper, mas é bom - 3/5;
8. Top Gun - Ases Indomáveis Tem muita coisa esquisita no filme, mas o que realmente me chamou a atenção foi a direção das cenas aéreas que até hoje em dia são utilizadas como referências para esse tipo de ação - 3/5;
9. A hora mais escura – Mais de duas horas de filme com uma direção impecável que não deixa você pregar os olhos, parecia até um filme de uma hora e meia. Por que não vi antes? Porque sou um merdinha! - 5/5;
10. Amores expressos – O drama amoroso dos habitantes de Hong Kong vividos na pele de dois policiais, o interessante é que a primeira história perdura por apenas uns vinte ou trinta minutos. Vidas atreladas e corridas que procuram descanso no amor, mas que no fim acabam encontrando maiores perturbações - 4/5;
11. Selma - Poderoso - 5/5;
12. Sinais - Tá atrás da garagem, tá atrás da garagem, it's behind! - 4/5;
13. O Besouro – Assisti um filme nacional por indicação de uma russa que joga capoeira. O filme tem uma proposta interessante, mas ele não entrega o melhor da luta e trabalha a poesia almejada de fantasia influenciada por Tigre e o Dragão. O maior problema está no protagonista, pois o personagem é afetado no meio dessa indecisão narrativa. A história e algumas abordagens são realmente interessantes, o que faz recomendar o filme para quem quiser ver uma produção de gênero nacional - 2/5.

Fevereiro
14. As melhores coisas do mundo – Acredito que seja a melhor representação de adolescentes em uma produção nacional, mesmo que o foco ainda seja em um grupo específico de classe média. Sabe quando um filme define seu dia de maneira positiva? Então, foi o que acabou de me acontecer - 4/5;
15. Perdedores e vencedores – Uma comédia pastelão de ação chinesa que tem o Jackie Chan, mas ele não é protagonista. A história é bacana, mas não tem a melhor estrutura dentro das esquetes, no entanto, o filme consegue ser divertido e agradar devido as personalidades e carisma de seus personagens - 3/5;
16. Um alguém apaixonado - Em míseros minutos o filme já havia me conquistado. A forma que a história vai sendo contata, continua com sequencias de diálogos baseadas no ambiente de ação é bastante imersiva, nos fazendo nos apegar aos personagens sem precisar de muita informação ou firulas criativas - 4/5
17. Assalto ao trem pagador – Western misturado com noir e thriller social. O que mais me impressionou é que hoje em dia seria muito difícil produzir um filme dessa escala, e olha que estou falando de uma produção de 1962 - 5/5;
18. Doutor Estranho – Ver pela segunda vez não foi uma experiência muito diferente da primeira, os pontos de qualidades e defeitos permanecem os mesmos. A única observação a ser feita é que na versão de homevideo, aparentemente, trocaram um dos diálogos do Kaecilius ao qual eu gostava bastante na versão do cinema - 4/5;
19. O homem de lugar nenhum – Um clichê muito bem executado apesar da falta de recursos, o filme tem boas sacadas de impacto para conduzir sua trama - 3/5;
20. Madame Satã – Provavelmente a melhor performance da carreira do Lázaro Ramos - 3/5;
21. Dália Negra – O filme funciona melhor se você já tenha assistido alguns clássicos NOIR e outros longas do gênero, como A Marca da Maldade. Além disso, o filme poderia ser mais curto, no meio aparece uma barriguinha desnecessária para a história - 3/5;
22. Anjos do Sol – A história é muito interessante e boa de acompanhar, mas o excesso de cortes é muito incomodo, especialmente no começo do filme. Um plano/enquadramento permanece por uns cinco segundos e muda para outro freneticamente, isso prejudica absurdamente o dinamismo do filme, atrapalhando a absorção da história e da atuação de seu elenco – 3/5;
23. Rua da Vergonha – O filme não é apenas uma história sobre prostituição no Japão, mas sim um compilado social sobre a função da mulher na comunidade japonesa no pós-guerra. O enredo sabe aproveitar muito bem suas personagens e propõem discursões que até hoje são tabus no Japão (a produção é de 1956) - 5/5;
24. Pantera Negra - A maior preocupação do filme é em estabelecer Wakanda e os representantes de cada ponto cultural da sua trama, o que o faz com mérito na maior parte do tempo. No entanto, o embate final entre protagonista e vilão deixa um pouco a desejar por não entregar algo memorável, o que encerraria com perfeição a ótima jornada mostrada até então. Também tive outro problema com o filme, o vídeo estava mal projetado na tela do cinema, o que me deixou incomodado durante quase toda sua exibição, impedindo-me de identificar se os efeitos especificais eram problemáticos ou se a imagem estava ruim devido à péssima projeção - 4/5.

Março
25. Yami no Ichinichi - O Crime que abalou a Colônia Japonesa no Brasil – O documentário tem uma linguagem bem simples, o diretor, em nenhum momento, tenta passar uma imagem cinematográfica, romantizando o assunto delicado abordado. Suas maiores virtudes são suas informações, o que faz da produção um filme bem agradável - 5/5;
26. Mudo – A história é muito boa, mas tem um problema de ritmo devido as peculiaridades dos seus dois protagonistas, eles são como fogo e água. Por falar em peculiaridades, a mudes do protagonista, levando em consideração que é um enredo que depende dos pequenos detalhes, poderia ter se aprofundado um pouco mais, porém, isso não é necessariamente um defeito, é só uma opinião particular - 4/5;
27. Estação Liberdade – O filme, especialmente seu clima de silêncio, me lembrou bastante o estilo de direção do Wong Kar-Wai. Gostei bastante da jornada de solidão e afastamento do protagonista, especial da forma que é conduzida. Além disso, o filme ainda conta com uma participação especial da Renata Sayuri, aquela linda - 4/5;
28. Você já foi à Bahia? - O roteiro do filme é bem simplório e desestruturado, fora que é impossível compreender o que o Pato Donald diz, esteja áudio em português ou inglês. Porém, o que impressiona é o uso variado de estilos de animação na produção, isso é realmente bacana - 3/5;
29. Trash – A esperança vem do lixo – A história é bem contada quando o foco é a narrativa continua, mas quando o enredo começa a ser cortado por intersecções de narrativa das crianças para com uma câmera, o filme perde todo o seu dinamismo. O final é bem brega, não a história em si, mas a tentativa em passar uma crítica social forçada. Além disso, a Rooney Mara está bastante abraçável nessa produção - 3/5;
30. O homem que copiava – O melhor filme nerd da história do Brasil - 5/5;
31. Aniquilação – Gostei bastante do filme, fora da casinha, me prendeu na cadeira o tempo inteiro. Mas é importante ressaltar o didatismo, tentar explicar uma e outra obviedade para o público leigo não foi lá uma das melhores ideias do filme, bem ruizinho nesse aspecto - 4/5;
32. Viagem a Darjeeling Não sei como o Wes Anderson consegue fazer essas coisas, mas o admiro loucamente - 5/5;
33. O último cine drive-in – Um filme simples com uma belíssima fotografia nos momentos certos. Gostei bastante das atuações e de como a história foi conduzida como um todo - 5/5;
34. Ave, César - Mesmo com ótimos momentos, falta certo dinamismo para a história como um todo - 3/5;
35. A lenda do tesouro perdido: livro dos segredos – Boa sessão da tarde - 3/5;
36. Historietas Assombradas: O Filme - Mesmo sem conhecer a série animada, a maioria dos personagens são carismáticos o suficiente para você se conectar e compreender.  A animação é de ótima qualidade, a única coisa que me incomodou foi o volume das vozes que, de vez em quando, eram mais baixos que a sonorização da trilha sonora - 4/5.

Abril
37. Rebeldes do deus neon – Mais um drama chinês dos anos noventa que mostra a correlação da juventude com o seu ambiente de convívio. Nesse longa o enredo mostra duas histórias em conjunto de pessoas que procuram externalidades para conquistar algo interno. Isso não ocorre apenas no campo da filosofia, mas também é literal ao mostrar a relação com produtos estrangeiros, vindos dos EUA e, especialmente, Japão - 4/5;
38. Gosto se discute – A história que está sendo contada tem muitos elementos interessantes que poderiam ser aproveitados no enredo, mas não são em nenhum momento, especialmente os personagens. Não há personalidade em nada, seja direção ou montagem, nadinha. Os atores são muito bons, gosto do Cassius, da Kéfera e do Gabriel Godoy, porém, nada no filme serve de suporte para que suas habilidades artísticas se destaquem. O filme é ruim, mas não agride - 1/5;
39. Com Amor, Van Gogh - Não é legal se identificar com a história dele - 4/5;
40. Adrenalina Máxima - O título nacional de Sonatine engana, pois essa é uma obra melancólica sobre o isolamento e a humanidade de mafiosos. Mesmo com regras e cheios de princípios, os membros dessa facção da Yakuza são pessoas comuns que foram longe o suficiente para não conseguirem voltar. O filme é lento, tem uma trilha sonora quase neutra e bastante tocante na relação amistosa e conflitivas de seus personagens - 5/5; 
41. Os Famosos e os duendes da morte – O filme começa bem interessante, com um ótimo trabalho de som dentro de uma estética de terror. A história se sustente ao decorrer da trama, mas em um momento a narrativa perde um pouco o ritmo, prejudicando assim seu derradeiro desfecho - 3/5;
42. Todas as razões para esquecer – Menino Johnny tem um Q de Selton Mello e isso é bem interessante. A narrativa também desfruta, mesmo que pouco, de alguns recursos importantes da atuação da Bianca. Os personagens são bem interessantes, mas o ponto que curti mais ao decorrer foi o trabalho com cores, especialmente tons frios e derivados de amarelo - 4/5;
43. Encarando Ali – O termo "homão da porra" é mais do que justificado nessa situação - 5/5;
44. Meninas Malvadas – O dinamismo entre os personagens, o modo como o telespectador se conectada rapidamente com eles, é um trabalho muito interessante e divertido. Não havia visto o filme anteriormente por puro preconceito, mas gostei bastante - 5/5;
45. Amor.com - Gostei das discussões do casal, mas na maior parte do filme eu fiquei pensando: por que a Kéfera não está protagonizando essa história? - 2/5;
46. Vingadores – Guerra Infinita Meus professores se esforçaram para me dar educação e eu estava no cinema chorando com Vingadores - 5/5;
47. O quarto de Jack – A forma que a tensão das cenas é conduzida em conjunto aos momentos de ternura faz do filme uma obra agridoce e elegante - 4/5.

Maio
48. Heleno – Rodrigo Santoro estava impressionante, porém havia alguns pontos da direção, logo no início do filme, que prejudicaram um pouco sua performance. O longa tinha uma história para contar e o começo "filme de arte poético" é meio qualquer coisa, mas ao todo o resultado é bem interessante - 4/5;
49. American Ultra (Armados e Alucinados) - Ruim como o esperado, mas o diálogo do carro e da árvore é bem bacana. Foi uma tentativa genérica de pegar o clima de Kick-ass, comédia e ação, que falhou com louvor - 1/5;
50. Ó Paí, Ó - Rapaz, não esperava um musical. Uma das melhores representações do Brasil em uma produção cinematográfica - 4/5;
51. Sussuros do Coração - Uma interessante história de amadurecimento do Estúdio Ghibli - 4/5;
52. Reza a lenda – As ideias são boas e acaba ficando só nisso mesmo - 2/5;
53. Deadpool 2 – Podia ser mais corajoso e trabalhar um pouco mais seus personagens paralelos, mas é um bom divertimento - 3/5;
54. Lupin III - O castelo de Cagliostro - Muito divertido e com um estilo de aventura que não se faz nos dias atuais. A qualidade da animação é muito boa e o roteiro tem uma estrutura bem agradável - 4/5;
55. VIP's – A atuação do Wagner Moura é a principal atração do longa somado a sua história e a forma que ela vai acontecendo de forma continua a cada passo, certo ou errado, de seu protagonista - 4/5;
56. Mapa dos Sons de Tóquio - Pelo título eu estava esperando uma experiência sonora, mas acabei encontrando um drama sobre depressão mutua em uma cidade onde não falta nada para seus habitantes. O longa é interessante, a forma que a história se amarra é bem bacana e a melancolia não chega a ser incomoda - 4/5;
57. O Caçador e a Rainha de Gelo – O filme é bom? Não. É divertido? Sim se você gostar dos atores, que estão claramente se divertindo sem se importar com grandes feitos - 2/5.

Junho
58. Comeback – Um Matador Nunca se Aposenta – Simplicidade narrativa, combinada com excelente direção, atuação e roteiro, especialmente nos diálogos, fazem desse filme um clássico moderno nacional que as pessoas não vão assistir - 5/5;
59. A Viatura – O primeiro filme do diretor de "Homem-Aranha - De volta ao Lar", e é perceptível de onde vem algumas ideias que ele tirou para fazer o filme do teioso. O longo é bem divertido, na maior parte do tempo sem trilha sonoro fazendo bom uso do silêncio. Queria falar mais, mas o melhor é assistir desinformado para curtir o momento - 4/5;
60. Chappie – Gosto bastante da estética suja do diretor e de como ele consegue rodar esse tipo de filme em seu próprio país. Não consigo desgostar do trabalho dele mesmo sabendo que seus filmes têm problemas - 3/5;
61. Beduíno - Mais teatral do que cinematográfico, o filme tem cenas e momentos bem interessantes, mas, ao todo, não funciona para o meu gosto pessoal - 2/5;
62. Jurassic World - Indominus Rex é minha vadia rancorosa favorita do cinema moderno - 4/5;
63. A vilã - Um filme coreano que misture gêneros de uma forma peculiar, além da ação peculiar, a história tem um toque de novela que acaba gerando uma barriga no meio do filme, porém, isso é necessário para entregar o resultado final.  O que mais me incomodou foi a fotografia, a escolha de lentes widescreen prejudicam a ação e, especialmente, são diferentes entre as cenas de drama e ação acelerada. No momento da ação, a qualidade da imagem decai, isso é bem incomodo - 4/5;
64. O caminho das nuvens – Passei o filme inteiro pensando que a Cláudia Abreu era a Alice Braga - 3/5;
65. Gatinhas e Gatões - Às vezes muito errado, porém, perfeito em sua execução. A interação dos diversos núcleos dentro de uma proposta simples é absurdamente divertida - 5/5;
66. Saving banksy - Dilema interessante, o documentário sabe mostrar bem os dois lados da moeda - 5/5;
67. Mulher do pai – Narrativa simples e acertada, tranquila de modo que conseguimos absorver o enredo sem firulas que tentam mostrar que o drama é mais profundo do que aparenta. Minha única ressalva é a forma que o cego se comporta, que é mais próximo de alguém que nasceu cego do que ficou cego ao longo da vida - 4/5;
68. John Wick: Um novo dia para matar – Gosto muito do toque sujo, direto, do cinema clássico chinês misturado com as cores e elegância do cinema japonês dentro de um espectro elegante de máfia aqui forjado no cinema independente norte-americano. O filme acerta por se preocupar mais com a história do que perder tempo tentando ser maior do que seu antecessor - 4/5;
69. O show de truman – Bem gostosinho de ver - 4/5;
70. Uma história de amor e fúria - Mesmo limitado por seu orçamento, o filme sabe se utilizar da sua própria mídia para contar uma história cíclica e violenta. A violência merece um destaque especial, pois é bem utilizada e impactante, não esperava por isso. Com exceção de um e outro momento, uma lombada ali, uma atuação ruim acolá, o longa animado entrega um resultado final bem satisfatório - 4/5;
71. Projeto Almanaque - Bem divertido, envolvente em seus clichês, mas não entrega nada além disso. O filme não deixa um gosto ruim na boca após seu encerramento - 3/5.

Julho
72. Voyeur – O Voyeur é um documentário sobre um sujeito bem peculiar, porém, o que achei mais interessante foi o contexto jornalístico por de trás de toda história que estava sendo contada - 5/5;
73. O menino e o mundo – Uma adorável história desgraçante. Além disso, a animação tem bastante personalidade, musicalmente e pelo design em si. Tudo bem-feitinho e bem trabalhado - 5/5;
74. Homem Formiga e a Vespa – O longa mantém o clima descompromissado do primeiro filme ao mesmo tempo que aprofunda a relação dos personagens de forma única. O dinamismo com o antagonista é bem interessante, pois a abordagem foi inédita no MCU. A ação com utilização dos poderes, especialmente os acessórios, flui muito bem e é uma evolução natural e inteligente da primeira abordagem - 4/5;
75. Nanayo – A forma que a Naomi Kawase filma o cotidiano continua me impactando de forma positiva. É impressionante como absorvemos a história em meio ao silêncio da trama, entendemos o conflito e nos aprofundamos nas mazelas individuais e coletivas do grupo peculiar ali formado - 5/5;
76. Tamo junto – O texto do Matheus Souza continua bom, mas a direção e controle das atuações, controlando o equilíbrio em cena, estão prejudicados nesse filme. Pode ser uma questão de montagem e edição, como também pode ser resultado da direção como um todo - 2/5;
77. Barraca do Beijo – Cheio de clichês, esse é um filme sobre problemas de gente rica. Porém, isso não é um ponto negativo, pois a forma que o enredo é trabalhado é muito divertido e a atriz principal é fantástica. A maneira que o corpo dela é trabalhado pela câmera, com naturalidade, sem erotismo recorrente desse tipo de produção, é muito interessante, principalmente pelo fato de como o livro foi criado e transformado em filme. Ao todo, foi extremamente agradável passar uma horinha na frente da TV me divertindo - 3/5;
78. Morte Negra – Simples, bem atuado e dirigido. O filme é interessante por ser direto em seu enredo e por não tentar ser maior do que suas limitações financeiras. A história é boa e a execução satisfatória - 4/5;
79. O Rastro – Eu diria que foi a ideia certa com a execução errada. E, mais uma vez, pensei que a Cláudia Abreu era a Alice Braga - 2/5;
80. Batalha de Honra – Filmado de forma simples, o longa tem seu maior problema na direção, que não sabe necessariamente equilibrar drama e comédia. Porém, o resultado do trabalho do Jet Li e da Michelle Yeoh é fantástico - 4/5;
81. Godzilla: Planeta dos monstros – Uma história peculiar sobre o principal monstro da história do cinema, porém, o resultado não é dos mais agradáveis devido aos personagens superficiais - 2/5;
82. Motorrad - As ideias são muito interessantes, mas nem sempre o resultado é o mais agradável. A palheta de cores não me agradou muito e acredito que esse elemento poderia ter melhorado a qualidade do filme como um todo, pois a história foi bem fotografada - 3/5;
83. Godzilla: City on the Edge of Battle – A segunda parte do Gojira da Netflix tem os exatos mesmos problemas da primeira, mas como o filme já havia estabelecido algumas coisas no começo, esse fica sendo mais aceitável e divertido que o primeiro - 2/5;
84. Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível - A indefinição de um protagonista e de uma linha guia narrativa a ser seguida é o maior defeito do filme. Algumas cenas são muito boas, especialmente envolvendo a relação da criança e da adolescente, uma pena que isso não é explorado até o final - 3/5.

Agosto
85. Bem-Casados – Sem personalidade, na direção e em seus personagens, o filme não chega a contar uma história verdadeiramente interessante, ficando apenas nas possibilidades onde se poderia ter feito algo realmente bom - 2/5;
86. Audição - Gosto de como o terror japonês do final dos anos noventa prioriza o drama, a construção do acontecido, ao invés do acontecimento em si. Isso deixa a história interessante e proporciona uma excelente catarse final - 5/5;
87. 10 Coisas que odeio em você - Longe de ser o melhor do gênero, mas também está longe de ser ruim ou mediano. O mais bizarro é a referência ao Jared Leto - 4/5;
88. O bandido da luz vermelha – O filme destaca o Brasil como um terceiro mundo fadado ao fracasso devido as pessoas que vivem lá, destacando principalmente a Boca do Lixo e os preconceitos sociais da época. Cinematograficamente falando, o áudio é problemático e a forma de narrar a história, com comentários constantes, é interessante apesar das limitações da direção - 3/5;
89. Maggie – Um dos melhores roteiros de Hollywood que não havia sido filmado finalmente saiu do papel em 2015. O texto é realmente interessante e a forma que o diretor resolveu abordar, de maneira mais artística e dramática, é igualmente. Porém, ainda lhe faltou um charminho para melhorar a conexão com os personagens - 3/5;
90. Um Espião e Meio – Com um ou outro probleminha, o filme funciona muito bem em sua proposta descontraída, especialmente por causa dos seus atores. A trama não é profunda, mas a situação do bullying é muito interessante e é bem aproveitada na história - 3/5;
91. Operações Especiais – O filme meio que funciona em sua proposta, porém, falta desenvolver alguns dos seus personagens e, principalmente, faltou encontrar um bom dinamismo narrativo para o enredo como um todo. Parece que a única dificuldade real da protagonista é realmente o fato dela ser mulher, e isso afeta toda a sua vida - 2/5;
92. Encontros e Desencontros - É bom rever um filme como se fosse a primeira vez. É interessante observar a depressão da Charlotte e do Bob e de como os dois enxergam o Japão como um grande estereótipo esquisito quando estão bem, mas conseguem aproveitar um ao outro e ainda curtir o país quando estão juntos e felizes. A depressão os cega mediante um ambiente cheio de possibilidades de diversão - 5/5;
93. Para todos os garotos que já amei – Qual a necessidade de repetir o nome da protagonista a cada cinco minutos? - 3/5;
94. Getúlio - Não chega a ser um drama pessoal, não chega a ser um drama político e também não chega a ser um filme sobre picuinhas políticas - 2/5.

Setembro
95: Rua Cloverfield, 10 – O filme seria muito mais maneiro se eu não soubesse o final há mais ou menos um ano antes de ver - 5/5;
96: O protetor – Um filme do Jackie Chan, porém, é americano e não é a Hora do Rush. É interessante observar a Nova Iorque dos anos oitenta, os guetos destruídos e a constante visão de orgulho do World Trade Center - 2/5;
97: Operação Red Sparrow – Tem duas cenas maneiras e se eu fosse um russo o filme seria bastante ofensivo - 2/5;
98: A Força de Grayskull: A História de He-Man e os Mestres do Universo – Excelente documentário para quem quer compreender melhor como funciona uma indústria criativa e o processo de criação de produtos como um todo - 5/5;
99: Bleach - Como o esperado, o filme do Bleach é ruim de uma forma boa. O design e uso dos hollows foram bem legais - 2/5;
100: Warcraft: O primeiro encontro de dois mundos – Gostei bastante da história, mas a forma escolhida de ser contada, visualmente falando, não foi das melhores. O filme tem uns problemas de montagem e de efeitos práticos, que poderiam terem sido melhores conduzidos no enredo. Fora isso, o resultado foi bem agradável - 3/5;
101: Chatô, O Rei do Brasil - Não sei o que mais me surpreendeu: o filme ser bom ou o agradecimento ao Gilmar Mendes no final - 3/5;
102: She's beautiful when she's angry - Muito interessante a forma que o documentário acompanha os passos do movimento feminista, nada devidamente planejado, mas orgânico, divergente e revolucionário - 5/5;
103: Vampiros de John Carpenter – O filme me conquistou nos primeiros minutos, foi impressionante a forma que o Carpenter construí sua história e estabeleceu seus personagens. Todo um universo construído apenas para um filme bem dirigido e escrito - 4/5;
104: Quincy - Documentário excelente para quem se importa com história e arte - 5/5;
105: Tomb Raider: A Origem - Poderia haver um bom filme aqui se não fosse pela história. Alicia se esforçou tanto, uma pena - 2/5;
106: Double cause trouble - É uma comédia pastelão, mas não funciona muito bem por faltar o famoso “charminho” - 2/5.

Outubro
107: Hotel Transilvânia 2 - O filme me surpreendeu por ser melhor que o primeiro, não poder apresentar uma super trama elaborada, mas por sua simplicidade de enredo focado na interação dos personagens principais e secundários - 4/5;
108: Paraíso Perdido - Excelente surpresa devido a sua ligação com a música, que compõe boa parte das cenas do filme, ajudando a construir os personagens e enredo. A história simples, familiar, é um ponto chave importante por fornecer fácil identificação e desenvolvimento, envolvendo bem o seu receptor - 4/5;
109: Primeiro Impacto – O quarto filme da série Police Story, o que tem o maior estilo de comédia pastelão dentre todos, fugindo da pegada inicial do primeiro. O começo é bem arrastado pela história não ser muito interessante, mas quando a ação corpo a corpo começa, o escopo muda e temos uma cena icônica envolvendo uma escada - 3/5; 
110: Ana e Vitória - Novamente, o texto do Matheus Souza é ótimo, mas fazer um filme sobre a carreira de duas cantoras sem mostrar essa carreira focando apenas em relacionamentos desequilibra o enredo que tinha maior potencial - 3/5;
110: Na quebrada – Sem assumir riscos, o filme acaba focando sem maior potencial, que é a história real de seus personagens. Não é tudo que funciona, mas, de forma alguma, chega a ser desagradável. A crescente do enredo é envolvente e o filme fica melhor em seu último ato - 3/5;
111: A Noite nos Persegue – Tem uma ou outra lombadinha, mas é o melhor filme da Netflix. Dê play e vá na fé - 5/5;
112: Bicho de Sete Cabeças - Simples o suficiente para apresentar uma boa história devidamente conduzida pela atuação de seu protagonista (eu queria dar uns tapas na cara daquela família) - 5/5;
113: Goosebumps: Monstros e Arrepios - É uma ideia muito interessante, mas poderia ter um pouco mais de charme da direção, o que potencializaria o roteiro. Mesmo não sendo impressionante ou realmente fantástico, o filme é bem divertido - 3/5;
114: Brooklyn – Pensava que era apenas uma história de amor, mas o enredo do filme apresenta uma história que é muito maior do que isso, é uma história de descoberta e adaptação, algo que ainda sou incapaz de realizar - 4/5.

Novembro
115: Ponte Aérea - O filme me incomoda em alguns pontos, como discutir algo que poderia ser mostrado. A relação é interessante, mas o contraponto das histórias individuais tinha um potencial maior não aproveitado. O filme não é ruim, mas se arrasta um pouco na sua metade - 3/5;
116: Batman Ninja – Visualmente interessante e gostosinho de assistir - 3/5;
117: Estrada 47 – Gostei bastante da história, mas não apreciei muito a forma em que foi conduzida, especialmente pela narração em off. Seria muito mais interessante mostrar determinados conflitos do que simplesmente narrar os sentimentos dos soldados - 3/5;
118: O Doutrinador - Não havia curtido o trailer, mas a ação no filme é bem conduzida, sabendo usar suas limitações de forma criativa. O verdadeiro e único problema é no drama, onde a história acaba perdendo sua força e ficando leviana, às vezes cansativa - 3/5;
119: Kubo e as cordas mágicas - Animação de excelente qualidade, combinando stop motion com 3D. Isso compõem boa parte da qualidade do filme, especialmente das cenas de ação, que não se limitam a computação gráfica para suas principais cenas. O enredo é simples, mas charmoso o suficiente para entregar uma história excelente de se ver - 4/5;
120: Tartarugas Ninja: Fora das Sombras – A sequência mantém as mesmas qualidades e defeitos do primeiro, umas coisas funcionam e outras não. Dá para passar o tempo, mas poderia ser muito melhor - 3/5;
121: Piranha 3D - Ruim de uma forma boa, perdeu a oportunidade de ser mais ruim de forma mais positiva - 2/5;
122: Cam - Por incrível que pareça, é muito bom o fato do filme ser lançado via streaming, pois combina bastante com o seu enredo. A sexualidade é bastante incomoda, nunca erótica, o que transmite muito bem o clima de terror para a história. O longa poderia ser um pouco mais ambicioso em alguns aspectos, o que deixaria a experiência mais interessante de ser assistida - 4/5;
123: Guardiões da Galáxia Vol.2 - Tive uma impressão bem melhor do longa o assistindo pela segunda vez - 4/5.

Dezembro
124: Dope - Divertido e colorido, Dope tem uma excelente dinâmica de direção, atuação e montagem. É uma clássica história de amadurecimento, mas com um foco distinto dentro das suas peculiaridades - 5/5;
125: A Lenda dos punhos de aço - Com um toque de fábula super-heróica, a produção faz uma homenagem barra continuação do original do Bruce Lee, a nível de roteiro o enredo não funciona muito bem, mas as lutas são interessantes, mesmo não sendo o melhor momento do Donnie Yen em tela - 2/5;
126: Cine Holliúdy - Fofinho e excelente em retratar a velha paixão do brasileiro, especialmente do nordeste, pelos filmes de Kung-fu - 4/5;
127: Babadook – Um história fofa entre mãe e filho - 5/5;
128: It – A Coisa – O filme não é necessariamente assustador e também não é necessariamente um clube dos cinco de terror, porém, gostei bastante da forma que os personagens foram construídos, de maneira prática e dinâmica. A direção é simples, mas eficiente. Eu diria que o filme é uma aventura sombria - 4/5;
129: Mais forte que o mundo – O filme tem ideias muito interessante em como mostrar a história do José Aldo, não imitando outras produções de luta ou biográficas. Porém, às vezes o excesso desses elementos me tiravam um pouco do enredo, acredito também que o filme poderia ser um pouco mais curto - 3/5;
130: Hellboy 2: O Exército Dourado – Revendo o filme após quase dez anos. Ainda me lembrava de algumas partes, mas foi bem interessante mergulhar nesse mundo novamente, mesmo sendo menos sombrio que o primeiro. É interessante o uso de efeitos práticos e digitais, especialmente suas combinações. Algumas limitações da maquiagem na época limitam a atuação de alguns atores, mas nada que seja incomodo no filme inteiro - 4/5;
131: Bird Box - É mais um filme sobre maternidade do que apocalíptico. Os personagens são bem interessantes e muitas das situações são bem elaboradas, apesar dos pássaros, o principal chamariz da história, não serem bem trabalhados. A intercalação entre passado e presente é ótima, mas também covarde ao não explorar o presente de maneira mais eficiente - 3/5;
132: Homem-Aranha: De volta ao lar – Revi o filme e consegui me divertir exatamente igual a primeira vez, especialmente com o vilão, um dos melhores da Marvel - 4/5;
133: A Cura – O filme me lembra uma trama literária clássica, meio gótica, mas com uma estética simétrica em tons verdes, que denotam o tom misto de tranquilidade e desconforto. O filme poderia ser um pouco mais curto, mas isso não prejudica o todo. A direção é bem bacana, o roteiro não tenta muitas firulas e as atuações são pontuais. Gostei bastante - 4/5;
134: Taylor Swift: Reputation Stadium tour - Não sei se conta como filme, mas vou adicionar na minha lista. Que mulher poderosa, essa é a visão que tive a cada segundo que ela aparecia em tela. Seja com uma face impotente ou com o olhar gentil ao tocar piano. Gostei bastante do fato do show ser acompanhado por uma banda, sem se limitar a artifícios eletrônicos. O único ponto negativo foi o som, achei que estava bem baixo e toda a suavização e primor técnico prejudicou um pouco o aspecto de show, de espetáculo como um todo - 4/5.

Comentários